quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Ebc transmite jornal na linguagem Libras

A Empresa Brasileira de Comunicações exibe em seus telejornais, a tradução em Libras.

Como exemplo apresentamos abaixo um link, no qual podemos assistir um telejornal na supracitada linguagem:

http://www.ebc.com.br/noticias/brasil/galeria/videos/2012/10/confira-o-jornal-visual-de-30-de-outubro

Surdos são tratados como incapazes de aprender

Fonte: G1



Silvia Andreis perdeu a audição já adulta e defendeu tese de doutorado sobre educação para surdos na UFPR (Foto: Arquivo pessoal)
Sílvia Andreis perdeu a audição já adulta e defendeu
tese de doutorado sobre educação para surdos na
UFPR (Foto: Arquivo pessoal)
A professora Sílvia Andreis Witkoski viveu na tarde desta quinta-feira (2) uma emoção especial. Ela defendeu sua tese de doutorado na Universidade Federal do Paraná (UFPR) concluindo uma importante pesquisa sobre a educação de pessoas surdas e o preconceito que quem não ouve é vítima no ambiente escolar e acadêmico. Há seis anos Sílvia perdeu completamente a audição durante a gestação de sua segunda filha. Com diagnóstico de surdez acentuada bilateral neurosensorial atribuída à otosclerose, a agora professora-doutora mostrou em seu trabalho os surdos no Brasil não têm acesso a uma educação realmente voltada às suas condições especiais. A pessoa que não ouve é tratada como se não tivesse condições de aprender. O resultado é a formação de iletrados funcionais.
Na produção de sua tese, Sílvia acompanhou o estudo bilíngüe (em português na Linguagem Brasileira de Sinais – Libras) em uma turma de sétima série de uma escola especializada na educação para surdos. “A conclusão foi uma absoluta ausência de um ensino qualificado e diferenciado para os surdos”, afirma a professora Sílvia, em entrevista ao G1 por e-mail. A tese foi que foi aprovada com louvor e distinção pela originalidade, relevância social e metodologia de pesquisa.
Gaúcha de Erechim (RS), Sílvia levou uma vida como ouvinte até os 35 anos. Era professora de artes plásticas, tinha feito mestrado, trabalhava em uma universidade em Santa Catarina e vivia um casamento consolidado. Quando ficou grávida pela primeira vez, ela perdeu boa parte da audição. Dois anos depois, uma nova gestação comprometeu de vez sua capacidade de ouvir. A otosclerose é uma doença do ouvido médio que causa surdez progressiva, acentuada principalmente durante a gravidez.

Veja a entrevista com a professora-doutora:Com a doença, Sílvia perdeu a audição, o casamento, o emprego como professora universitária. “Fui considerada inabilitada", disse. Mas ela não perdeu a dignidade e a garra de continuar aprendendo e de fazer valer os seus direitos. Se dedicou à criação das filhas e ao seu projeto de doutorado. E quer mais. “Pretendo reconquistar minha posição como professora do ensino superior, rompendo com o preconceito em relação aos surdos”, destaca.
Quais foram as conseqüências que a perda de audição provocou na sua vida?
Desde que me tornei surda, há seis anos, vivo a duplicidade de culturas bem como a condição de “estrangeira” nas duas situações. Para os surdos, ao mesmo tempo em que sou surda, sou uma ex-ouvinte; para os ouvintes ao mesmo tempo em que sou surda, causo “estranhamento” por ser uma ex-ouvinte, e ter domínio total da Língua Portuguesa oral e escrita e de ambas as culturas, de ouvinte e surda. Perdi a imagem de professora para receber, como um carimbo ou uma colagem, outra imagem que não reconhecia: a da deficiente auditiva. Da “normalidade” passei para a “anormalidade”, e como tal, tudo o que eu era, o que fazia, e o que tinha conquistado deixou de ser meu por direito, aos olhos dos outros, por causa dos imensos preconceitos e estigmas associados às pessoas com deficiência, entre essas as pessoas surdas.

Desde o início do processo de ensurdecimento enfrentei inúmeras situações de preconceito, seja de forma sutil tais como: “Você nem parece deficiente, se não contasse ninguém precisaria saber”; “Nossa, você usa aparelho (referindo-se a prótese auditiva)”, “Mas você é tão jovem!” Quando fui aprovada no processo de seleção do curso de Doutorado em Educação na Universidade Federal do Paraná (UFPR), as pessoas me perguntavam por que iria cursá-lo, o que faria depois, se com o curso poderia trabalhar em algum lugar e fazendo o quê. Essa reação que foi completamente diferente da recebida quando eu escutava e fui aprovada na seleção do mestrado, na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a priori um processo mais fácil, que foi parabenizado e festejado. E quando me inscrevi para uma seleção para dar aulas em uma universidade de Florianópolis, não fui nem chamada para entrevista. O colega que havia levado meu currículo e trabalhava lá disse: “Infelizmente as instituições não estão preparadas para as diferenças!”. Numa reação automática perguntei-lhe: “Para o que estão preparadas então?”
A pesquisa de campo evidenciou que, de fato, o ensino público oficialmente denominado bilíngue oferecido aos alunos surdos, em escola específica, produz iletrados funcionais. A análise dos dados empíricos aponta para o preconceito contra os alunos surdos que os estigmatiza como sendo deficientes e sem condições efetivas de desenvolvimento semelhante aos ouvintes; a não formação ou formação deficitária dos professores; às tentativas de normalização do surdo à cultura hegemônica, que repercutem negativamente na sua formação como indivíduo. Os surdos, por ser estigmatizados como deficientes usuários de uma língua de categoria inferior, uma linguagem, por sua vez também deficiente, são tratados no espaço institucional como tal.
O problema não está nos alunos, mas na carência de qualidade dos conteúdos trabalhados em sala de aula. Os surdos são tratados preconceituosamente como incapazes de apreender."
Sílvia Andreis Witkoski
Qual é a situação dos alunos surdos no país?
A situação educacional dos alunos surdos é alarmante, sendo que sequer o direito linguístico é respeitado em escola para surdos, com a permanência inclusive de professores absolutamente leigos em seus quadros funcionais. O problema não está nos alunos, mas na carência de qualidade dos conteúdos trabalhados em sala de aula, bem como a ausência de uma metodologia que promova a aprendizagem. Os surdos são tratados preconceituosamente como incapazes de apreender. Os recursos visuais, caminho quase que óbvio para o ensino de quem não ouve, não recebe a devida atenção de parte dos professores observados.
Quais seriam os caminhos para uma boa educação dos surdos?
O caminho para a educação dos surdos é uma educação bilíngue de qualidade. Um direito conquistado em lei. A escola deve ensinar e considerar a Língua de Sinais como primeira língua para os alunos surdos e a Língua Portuguesa, de fundamental importância, como segunda língua. É fundamental uma boa qualificação dos professores das escolas para surdos e uma pedagogia do antipreconceito que não mais os congele como protagonistas de um roteiro de final previsível, na condição de iletrados funcionais. Também é preciso a transformação radical da escola para surdos para alcançarmos os resultados almejados e não transferir os alunos para o ensino regular. É fundamental que a escola contribua significativamente para a construção de uma identidade surda positiva, preparando-os para a assumirem a diferença e enfrentar a discriminação que invariavelmente irão encontrar.
Por que o surdo não gosta de ser chamado de deficiente auditivo?
O termo deficiente auditivo aloca-se dentro da perspectiva patológica da surdez, que na busca de adequar os surdos ao padrão estabelecido da normalidade. Os surdos são sujeitos culturais, com experiências visuais e identidades próprias: as identidades surdas. Assim, defende-se a concepção de que a Língua de Sinais, para mais além do que uma forma de comunicação dos surdos constitui-se como seiva identitária. Eu assumo minha híbrida identidade surda e recuso o rótulo de deficiente.

Classificados



Olá somos uma escola de cursos profissionalizantes e temos turma para surdos nos nossos cursos. acesse o nosso face: /comunidadesurdajoaopessoaDuvidas tecle que esclarecemos, as aulas são uma vez na semana com duração de 02:00hs.

Alunos e professores recebem curso de Libras em Limoeiro


Fonte: Diário do Nordeste 14/07/2014

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A inclusão social já acontece com capacitações na rede pública de ensino
FOTO: ELLEN FREITAS
Limoeiro do Norte. Uma turma com 15 alunos, entre eles professoras da rede pública, está recebendo capacitação para comunicação em Linguagem Brasileira de Sinais (Libras).
O curso, que é ofertado gratuitamente, é uma parceria entre a Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS), a Associação de Pais e Amigos dos Deficientes Auditivos do Ceará (APADA) e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), Campus Limoeiro do Norte.
Pela primeira vez o curso chega ao Vale do Jaguaribe como parte das políticas de inclusão do Governo do Estado. Com uma uma carga horária de 130 horas, há uma oferta de conhecimentos básicos em Libras. Professores da rede pública consideram fundamental essa formação, de modo a garantir o direito ao acesso das pessoas com deficiência ao ensino público.
"Ele é um importante suporte para o docente dentro das instituições, de modo saber lidar nas situações diversas. É importante também para que facilite o processo de inclusão de pessoas surdas na sociedade", afirmou a professora do Centro de Educação de Jovens e Adultos de Limoeiro do Norte (CEJA), Valdetrudes da Franca. A instituição da qual faz parte, possui turmas de inclusão especial, que recebe alunos surdos e cegos.
Autonomia
Valdetrudesainda garante que o curso proporcionará mais autonomia dentro de sala de aula. "Pra mim é muito importante porque como atualmente estou trabalhando com alunos surdos e preciso de uma intérprete, vai me auxiliar bastante nesse entendimento de comunicação em libras junto aos alunos", ressaltou a professora.
A realização das capacitações necessitou de uma articulação envolvendo representação de entidades ligadas às pessoas com deficiência e poder público. Uma das envolvidas no processo, a Conselheira Nacional das Cidades, Arnete Borges, contou que é preciso um grande interesse dos municípios para que os cursos sejam trazidos ao interior. "O Governo Federal possui recursos para execução de projetos voltados para pessoas com deficiência em todo o país, porém o que falta que para isso seja efetivado é a mobilização da sociedade e dos representantes dos municípios, de modo a garantir esses benefícios", criticou.
Ela ainda acrescenta que esse é um dos grandes entraves que dificultam a aplicação das políticas de inclusão. "Os recursos estão ai, os projetos estão ai, falta somente iniciativa dos municípios para que essas coisas aconteçam", ressaltou.
O curso de Libras faz parte do projeto Garantindo Acessibilidade, realizado pela Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS), que contou com a parcerias da Associação de Pais e Amigos do Deficiente Auditivo (Apada). Para o instrutor em Libras Eduardo Oliveira Castro, da Apada, aulas têm- se concentrado mais na região metropolitana, por conta do número reduzidos de instrutores na língua de sinais e também por falta de projetos dos municípios para receberem as capacitações.
Preparo
"O municípios precisa se preparar, escrever um projeto e encaminhar para o Estado para garantir a formação especializada. São poucos os que acontecem no interior, esse é o primeiro realizado no Vale do Jaguaribe e abre oportunidade para que outros cursos cheguem ao município", disse o professor por meio de uma intérprete.
O curso de Libras é realizado no campus do IFCE de Limoeiro do Norte e terá o encerramento no início do próximo mês de agosto. Em agosto também, segundo informou Arnete, serão abertas inscrições para um outro de Braille, capacitando profissionais da educação e pessoas cegas acerca do método alfabético.
"O projeto Garantindo Acessibilidade oferta uma variedade de cursos, tanto voltados para educação quanto para o mercado de trabalho. Esperamos que a partir desse curso de Libras e de Braille, outros possam atender a população do município", finaliza Arnete.
Desde que foi aprovado o Decreto nº. 3.298, de 1999, que dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, os Governos Estadual, Municipal e Federal passaram a ter funções específicas no que concerne a oferta de serviço e ações que assegurem o pleno exercício dos direitos individuais e sociais dessa população. A ideia é que seja cada vez mais disseminado as capacita-ções para inclusão de portadores de necessidades especiais, com ênfase para as cidades do interior, onde mais recentemente vêm abordando o tema.
Mais informações:
Curso de Libras e Braille em Limoeiro do Norte
Arnete Borges
Telefones: (88) 9782 4152 /
(88) 9249 5111
Ellen Freitas
Colaboradora

Paróquia oferece missa com intérprete de Libras

Fonte: Diário do Nordeste 30/06/2014

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Desde o dia 21 de junho, as celebrações no horário das 18h30 dos sábados conta com a presença de intérpretes de Língua Brasileira de Sinais
FOTO: KLÉBER GONÇALVES
A Paróquia Nossa Senhora da Glória, localizada no bairro Cidade dos Funcionários, incluiu um horário de missa destinado a pessoas surdas. Desde o dia 21 de junho, as celebrações religiosas no horário das 18h30 dos sábados conta com a presença de intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (Libras).
"Estávamos pensando nesse projeto há algum tempo, pois outras paróquias da Arquidiocese de Fortaleza também já implantaram uma pastoral dos surdos. A finalidade da ação é acolher os irmãos que têm dificuldade auditiva ou mesmo na fala e, por meio das Libras, fazer com que essas pessoas compreendam a palavra de Deus da mesma forma que a assembleia em geral", comenta o Padre Júlio César, vigário paroquial de Nossa Senhora da Glória.
De acordo com o Pe. Júlio César, a inclusão de intérpretes de Libras nas missas é um projeto proposto pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
 
"É um indicativo de toda a igreja acolher esses irmãos. Nos sensibilizamos com aqueles que gostariam de participar plenamente das celebrações, mas não podiam", declarou o vigário da Igreja da Glória.
Procura
Na primeira missa realizada com intérpretes na paróquia de Nossa Senhora da Glória, seis pessoas com necessidades especiais usufruiram da experiência da missa interpretada.
"Estamos começando aos poucos, mas acredito que, conforme a notícia for se espalhando, vai aumentar aqui na paróquia o número de pessoas que precisam desse auxílio", disse o Padre Júlio César.
Tradução
A intérprete Bianca Farias é a responsável pela tradução durante a missa e reitera a importância do seu trabalho quando acontece as celebrações. "Para nós, que somos ouvintes, a maior importância é levar a palavra de Deus para quem não escuta. Já tenho experiência na paróquia Nossa Senhora da Conceição, onde já existe a pastoral dos surdos há cerca de dez anos", alega a intérprete.
Além da participação nas missas, Bianca Farias coordena ainda um grupo de paroquianos interessados em também aprender a Língua Brasileira de Sinais. "Antes da missa, nos reunimos, e eu tento passar esse conhecimento para aumentar ainda mais o número de pessoas que possam auxiliar neste serviço", afirma.
Bianca Farias afirma ter realizado um curso geral para aprender Libras, mas assevera que ainda é necessário realizar pesquisas mais específicas e aprofundadas sobre sinais bíblicos e litúrgicos. "Nós repassamos todo esse conhecimento para os paroquianos que estão aprendendo", justifica a intérprete.

Capital ganhará 1ª escola bilíngue

Fonte: Diário do Nordeste 10/01/2014

Colégio público municipal atenderá 200 alunos, unindo o aprendizado de Libras e da Língua Portuguesa
No intuito de tornar a educação de crianças e adolescentes mais inclusiva no Ceará, Fortaleza deve ganhar, a partir da primeira quinzena de março deste ano, sua primeira escola municipal bilíngue para meninas e meninos surdos. Inicialmente, a instituição atenderá 200 alunos com deficiência auditiva da educação infantil ao 5º ano do ensino fundamental e funcionará em tempo integral, unindo o aprendizado da Língua Brasileira de Sinais (Libras) e da Língua Portuguesa, na modalidade escrita.

Segundo Sueli Farias, gerente da Célula de Educação Especial da Secretaria Municipal de Educação (SME), a escola especializada é uma demanda antiga de organizações e entidades que lutam pelos direitos de pessoas surdas. A proposta é oferecer o mesmo conteúdo contemplado nos colégios regulares considerando as necessidades de crianças com esse tipo de deficiência

As aulas acontecerão nos dois turnos. Pela manhã, será ministrado o currículo normal, com as lições específicas de cada série, e, pela tarde, haverá aulas de Libras e Língua Portuguesa. O corpo docente, formado por professores, pedagogos e intérpretes, é bilíngue, e todos os outros profissionais que irão atuar na escola, como coordenadores, porteiros e merendeiros, devem conhecer a língua de sinais.

Sueli Farias destaca que a escola estará aberta a novos estudantes, que poderão fazer a matrícula em outros colégios da rede municipal. A gerente explica que a escola vem para por fim às dificuldades de aprendizado de crianças surdas matriculadas em escolas não específicas. O principal deles, segundo ela, é ter de aprender a Língua Portuguesa, a qual, para pessoas com deficiência auditiva, não pode ser considerada a língua materna, assimilada naturalmente.

Pai de um menino de 7 anos de idade surdo, o professor Emiliano Aquino, integrante do grupo de trabalho formado pela SME, afirma que a escola também será importante para suprir a carência de instituições bilíngues na cidade.

Acesso

De acordo com a professora Vanda Leitão, coordenadora da Secretaria de Acessibilidade da Universidade Federal do Ceará (UFC), é fundamental que a criança surda tenha acesso à linguagem de sinais desde cedo. "A língua materna é estruturante do pensamento, permite o desenvolvimento da criança, e as vibrações culturais também se dão através dela", explica.

VANESSA MADEIRAREPÓRTER

Central de Interpretação de Libras é iniciativa pioneira

Fonte: Diário do Nordeste 


Libras
Portadores de deficiência auditiva serão atendidos também virtualmente
FOTO: ELISÂNGELA SANTOS
Juazeiro do Norte. Uma forma de atendimento pioneira no Estado do Ceará é inaugurada, neste município, com a Central de Interpretação de Libras. Os primeiros acompanhamentos já começaram a ser realizados e há uma perspectiva ampla, para uma cidade de mais de 15 mil pessoas com deficiência auditiva, com os agendamentos dos interessados em desenvolver algum tipo de atividade e precise do intérprete de libras.
A parceria do município de Juazeiro do Norte com os governos federal e estadual possibilitará o agendamento on line para as atividades. Inicialmente, serão 13 intérpretes prestando os atendimentos, seja na hora de fazer as compras ou realizar algum tipo de transação bancária.
O secretário Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Antônio José Ferreira, esteve em Juazeiro do Norte para fazer a entrega do equipamento, e ressalta a possibilidade ampliada em relação ao acesso às garantias de direitos pelo deficiente auditivo.
Ele destaca o município juazeirense como a cidade pioneira do projeto de implantação das unidades destinadas ao atendimento no Ceará.
Solidez
Para a coordenadora Especial de Políticas Públicas para os Idosos e as Pessoas com Deficiência do Estado, Isabel Pontes, os projetos, em sua grande maioria, destinados para as pessoas com deficiência, começaram a adquirir concretude.
"Havia iniciativas isoladas e algumas ações das próprias famílias", disse a coordenadora, além de poucos projetos dos governos, mais sensibilizados com a causa da deficiência.
Conforme a coordenadora Isabel Pontes, atualmente, mesmo com as garantias de políticas para as pessoas com deficiência, as barreiras não foram totalmente superadas. Segundo ela, estão sendo desenvolvidos esforços, mas ainda há grandes desafios.
Para a coordenadora, o mundo como um todo tem que ser reconstruído, em suas perspectivas geométricas, na questão da acessibilidade física, e também no aspecto cultural.
"A gente percebe que as barreiras latitudinais são um grande impedimento para que as pessoas com deficiência consigam se inserir na sociedade como um todo, por qualquer espaço que a vida transite, desde as escolas, praças públicas, de uma vida passando na cidade, no país e no mundo", avalia a coordenadora Especial de Políticas Públicas para os Idosos e as Pessoas com Deficiência do Estado.
Localização
A seleção de Juazeiro do Norte no Estado do Ceará ocorreu em virtude do seu espaço geográfico, do número de habitantes, quase 250 mil pessoas, e o número de pessoas com deficiência auditiva, além de congregar pessoas do município do Crato, com mais de sete mil surdos, e a cidade de Barbalha, que detém mais de 3,4 mil pessoas portadoras dessa deficiência. Os dados, conforme Isabel Pontes, são resultado do último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010.
Procedimentos
O intérprete se desloca com um carro para atender o usuário e fazer a interlocução. Atualmente estão no local três intérpretes e uma recepcionista
Com cerca de 300 deficientes auditivos em vários projetos em encaminhamento, no intuito de integrar os surdos da região, o Instituto Transformar (Intra) tem realizado acompanhamento, principalmente no intuito de melhorar o rendimento escolar dos surdos.
Mais informações:
Central de Interpretação de Libras
Rua São Luiz, 384, Centro
Juazeiro do Norte
Telefone: (88) 3512.2598